A Amazônia pelo olhar do Marcius Viana
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Segundo a Wikipédia, solitude é um estado de isolamento ou reclusão voluntário, quando o indivíduo busca estar em paz consigo mesmo e com o ambiente ao seu redor. Para o nosso diretor Marcius Viana, o melhor jeito de se desligar da rotina é praticando o olhar e expandindo os horizontes através da fotografia. Na sua última aventura fotográfica, ele foi até a Amazônia mato-grossense para registrar suas belezas naturais.
Um Biguatinga macho, também conhecido como Carará, esbanjando beleza. Foto: Marcius Viana.
Reflexos no Rio São Manuel, que atravessa os estados do Mato Grosso e do Pará. Foto: Marcius Viana.
Depois de uma pesquisa no Google, Marcius conheceu o workshop do professor carioca João Quental, especialista em fotografia de aves, e foi parar no Cristalino Lodge – uma Reserva Particular do Patrimônio Natural no norte do Mato Grosso, que serve como ponto de observação para fotógrafos e admiradores da natureza. São quase 600 espécies de pássaros catalogadas no local, algumas que migram até do Alasca.
Uma família de maritacas colorindo o céu nublado. Foto: Marcius Viana.
O banho de sol compartilhado. Foto: Marcius Viana.
Durante uma semana, ele trocou a rotina de planilhas e orçamentos Salgados para levantar às 5h30 e aproveitar a melhor luz, caminhar pela floresta, atravessar rios de barco e observar a vida selvagem no meio da mata. Algumas lentes de 20mm a 200mm e uma 100 x 400mm foram as suas companhias.
O Gralhão também é conhecido pelos nomes de alma-de-caracará-preto, alma-de-tapuio, cã-cã, cancã, cancão-grande, caracará-preto e uracaçu. Foto: Marcius Viana.
O horizonte monocromático. Foto: Marcius Viana.
Eu gosto de viajar sozinho e passar o dia pensando a fotografia. É uma forma de submergir e emergir nesse processo. Fico completamente focado nessa expressão do olhar.
As cores do Araçari Mulato e o pôr do sol do alto da torre de observação. Fotos: Marcius Viana.
Para atrair os pássaros, os guias locais usam uma técnica chamada “Playback”, com uma caixa de som que simula os cantos de todas as aves da região e as atrai para o barco. O grande desafio de fotografá-las é ser rápido no gatilho para congelar o movimento, com a fotometria certa em ambientes e luzes completamente diferentes. É fácil se frustar e não conseguir a imagem desejada. Pra quem é iniciante na modalidade, é difícil até enxergar a ave escondida no meio dos arbustos. Mas as imagens não mentem: depois de alguns dias de prática, podemos ver que o Marcius pegou o jeito.
Um Uiraçu-Falso, também conhecido como Gavião-Real-Falso. Foto: Marcius Viana.
A simplicidade da natureza. Foto: Marcius Viana.
Mais do que um close nas aves, eu queria registrar a relação entre elas e o ambiente. Isso é solitude pra mim: estar sozinho, mas ser abraçado por aquele momento e espaço.
Uma Garça Real pensativa e um céu pintado por estrelas e constelações. Fotos: Marcius Viana
Um encontro inesperado. Foto: Marcius Viana
Um casal de Araras-Azuis observando atentamente a movimentação. Foto: Marcius Viana.
Pássaros, jacarés, ariranhas, tartarugas, borboletas, lontras e até uma sucuri de 4 metros foram registrados pelo olhar do Marcinho, que não se cansa de experimentar e expandir seus horizontes na fotografia. Quem quiser ver mais imagens incríveis, é só entrar no Photoshelter dele.
Cores, formas e luzes naturais transformadas em arte. Foto: Marcius Viana.
Uma sucuri de 4 metros, a famosa Anaconda, descansando entre as folhas. Foto: Marcius Viana.
Tags: Fotografia, Sal, Viagem
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