A Melhor Diretora de Arte do Mundo
terça-feira, 19 de abril de 2016
Amiga de Andy Warhol, Cecil Beaton, Truman Capote, Annie Leibovitz e Helmut Newton, Bea foi a carioca menos deslumbrada que já habitou Manhattan. Alta, atlética e elegante, fez parte da revolucionária turma do Arpoador nos anos 50, com seus amigos Arduíno e Marina Colasanti, Ira Etz, Jomico Azulay, Roberto Menescal, Jorge Paulo Lemann e Caio Mourão, entre outros. Uma turma que vivia anos à frente de seu tempo.
Aos 23 anos, Bea Feitler, depois de uma passagem pela editoria de arte da revista Senhor, ao lado de Jaguar e Caio Mourão, chefiada por Carlos Scliar e Glauco Rodrigues, mudou-se para Nova Iorque e, com a indicação de Marvin Israel, seu professor na Parsons The New School for Design, foi trabalhar na revista Harper’s Bazaar. Lá, com Ruth Ansel, desenhou a antológica capa de Abril de 65, que transformou a foto de Jean Shrimpton, feita pelo fotógrafo Richard Avedon, em um dos ícones dos anos 60.
Bea continuou seu vôo desenhando posters para os Beatles, campanhas para Calvin Klein e livros como Cole [71], The Gershwings [73] e The Beatles [80]. Voltou à editoria de arte nas revistas Ms [a revista do movimento de liberação da mulher]; e à cultuada Rolling Stone. Ipanemense da gema, Bea Feitler teve uma das mais bem sucedidas carreiras como artista gráfica, na efervescente Nova Iorque dos anos 60, 70 e 80. Por tudo isso, ninguém se surpreendeu quando, nos anos 70, a revista National Observer a elegeu a melhor diretora de arte do mundo.
Cosmopolita, culta, apaixonada por música, ballet, cinema, família, amigos e liberdade, Bea espalhou admiradores pelo mundo, até 1980, quando um câncer interrompeu sua trajetória precocemente e a fez voltar ao Rio, onde morreu, aos 44 anos.
Conheça a história da famosa capa no site da AIGA. E mais sobre Bea em: Adcglobal //Wikipedia
Tags: Arte, Design, Referência
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