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11 livros que mudaram nossa vida
terça-feira, 25 de julho de 2017
Todo amante da leitura certamente já se deparou com um livro que fez mudar a cabeça, refletir sobre a vida, pessoas e coisas ao redor. Os livros marcam porque eles alimentam a alma, e muitos têm até o poder de transformação. Separamos alguns títulos especiais para os Salgados, e esse foi o resultado:
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O Velho e o Mar, Ernest Hemingway
Para quem ama o mar, é um livro absolutamente imperdível.
A história do velho pescador Santiago, que luta sozinho pelo seu peixe, é de uma simplicidade arrebatadora. Hemingway descreve momentos comuns e cenas fantásticas da última jornada do velho, e também a intimidade da sua relação com o grande Marlin.
A narrativa descreve detalhes imperdíveis para quem vive perto do mar: a textura do oceano, o cheiro de maresia, o calor do sol, o frio do vento, as correntes e as linhas de pesca… Capazes de nos transportar para dentro da canoa do velho Santiago.
Enquanto luta com o peixe, ele relembra orgulhosamente momentos da sua vida, ao mesmo tempo em que coloca a sua coragem e resiliência à prova com um último desafio.
Marcelus Viana, Diretor de Criação
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Rubem Alves
Sobre o Tempo e a Eternidade, Rubem Alves
Só tinha 15 anos quando eu o li pela primeira vez, mas é um dos livros que eu mais amo. Escrito em forma de conto, ele é atemporal e fala com pessoas de todas as idades. Aborda o ciclo da vida de uma maneira lindíssima, te envolve rapidamente e toca bem no fundo da alma.
Alguns anos depois do meu primeiro contato com esses personagens, participei do processo criativo no projeto de um grande amigo e professor de teatro, que estava trabalhando com o livro. Tive o privilégio de ter Rubem ao meu lado e me emocionar novamente com aquelas histórias, mas sob outro ponto de vista.
Esse livro está em um cantinho especial da minha prateleira. E é sempre uma boa dica para presentear quem gostamos.
Carol Pernisa, Produtora
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O Existencialismo É um Humanismo, Jean-Paul Sartre
Depois de ler Aprendendo a Viver, de Luc Ferry, busquei este texto pela ideia básica na qual eu já acreditava: “O homem nada mais é do que aquilo que elefaz de si mesmo”. Definindo este como o primeiro princípio do existencialismo, Sartre traz a responsabilidade de tudo que esperamos do mundo para nós mesmos. É uma filosofia realista e de libertação, muito importante para os dias de hoje, nos quais sempre buscamos culpados para justificar nossas omissões.
Marcius Viana, Diretor Estratégico
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Travessuras da Menina Má, Mario Vargas Llosa
Quando li Travessuras da Menina Má, foi amor à primeira vista. O livro narra a história de amor entre Ricardo e Lily, mas se engana quem pensa que se trata de um romance cliché… O relacionamento dos dois tem idas e vindas, e dura muitos anos, sendo influenciado pelas transformações culturais e sociais de cada época – na Paris revolucionária dos anos 60; na Londres das drogas, da cultura hippie e do amor livre dos anos 70; na Tóquio dos mafiosos dos anos 80; e na Madri em transição política dos anos 90. É realmente uma leitura imperdível e deliciosa!
Helena Tude, Designer
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O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry
É, simplesmente, o livro mais bonito que eu já li. O narrador é um piloto cujo avião cai no Saara. Lá, ele encontra um pequeno príncipe que veio para a Terra de um asteroide, onde o único outro ser era uma rosa, por quem ele é apaixonado.
As interações entre o príncipe e o piloto, e os outros personagens que aparecem, são repletas de lições sobre o amor, a amizade, a solidão, o materialismo e a perda da imaginação e da nossa essência quando nos tornamos adultos. É o tipo de livro que você pode e deve ler várias vezes ao longo da vida, porque sempre vai encontrar uma nova lição, e se encontrar de uma nova forma, também.
Maria Fontenelle, Designer
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Zygmunt Bauman
Modernidade Líquida, Zygmunt Bauman
Esse é um livro de cabeceira. Eu amo o Bauman e seu pensamento sobre o homem moderno. Sua filosofia me ajuda a entender melhor meus alunos e a era da informação.
Koca Machado, Diretora de Relacionamento
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Moby Dick, Herman Melville
Foi o primeiro livro de “adulto” que li. Era uma edição velha do meu avô, que passou para o meu pai e parou amarelado em minhas mãos. Foi a primeira vez que senti o cheiro de livro velho e me apaixonei. Até hoje, velho ou não, deixo meu nariz bem perto enquanto folheio rápido um livro. É um romance lindo, mas também muito angustiante. Ele fala sobre a morbidez do instinto de vingança, e do embate entre o homem e a natureza. Mexeu tanto comigo que passei um tempo sonhando com a história.
Renata Balthazar, Gerente de Produção
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Fernando Sabino sendo entrevistado por Clarice Lispector
O Encontro Marcado, Fernando Sabino
O livro conta a história de Eduardo Marciano, espécie de alter ego do autor, da infância à vida adulta. A teia de vontades e escolhas do protagonista e de seus amigos íntimos (Mauro e Hugo), a incessante busca pela felicidade e completude, a frustração, a euforia e a perda, a rebeldia e o ócio, a luta política e a resignação, o lirismo e o pé-no-chão… Tudo é costurado por Sabino de forma simples, clara e fluida, construindo um retrato fiel e nada óbvio de uma juventude que flutua na Belo Horizonte de meados do século XX.
Tive a oportunidade de lê-lo aos 14 anos e foi a primeira vez que tive contato com uma narrativa que trouxesse de forma tão crua, sincera e até cínica os dramas e anseios existenciais de uma geração – muitos dos quais são, ainda, surpreendente(assustadora)mente semelhantes aos atuais.
O Encontro Marcado é, ao mesmo tempo, divertido, cativante, leve e denso, cheio de possibilidades e desdobramentos. É tão real que até dói. É daqueles que devem ser relidos; a cada retorno, novas portas de percepção se abrem e o impacto nunca é o mesmo.
Juliane Westin, Editora
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O Livro dos Abraços, Eduardo Galeano
Esse é um daqueles livros que você lê diversas vezes, e a cada releitura encontra algo diferente para refletir. São pequenas histórias, mas grandiosas em conteúdo. O que mais encanta é a simplicidade nas escolhas das palavras, que dizem tanto em tão pouco. Você pode abrir em qualquer página e lá estará uma prosa poética que te abraça, te acolhe, mas não te deixa parar de pensar no mundo em que vivemos por um só instante.
“Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contra-vento, e sou o vento que bate em minha cara.”
Juliana Rangel, Redatora Jr.
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Oliver Sacks
Vendo Vozes: Uma Viagem ao Mundo dos Surdos, Oliver Sacks
A narrativa de Oliver Sacks é leve, reveladora e nos ajuda a conhecer um pouco do universo sem som. Mostra a transformação que a língua de sinais traz para as pessoas surdas e como a linguagem é essencial para construirmos o nosso pensamento e nos tornarmos cidadãos ativos em nossa sociedade.
Para mim, foi a primeira chama, a primeira vez que eu realmente me coloquei no lugar do outro e me sensibilizei com um universo tão distante do meu e, ao mesmo tempo, tão sensível a mim. Passei a imaginar como seria nascer em um lugar e não poder se comunicar porque existem duas línguas diferentes e só uma delas é ensinada nas escolas.
Muito se fala sobre inclusão, mas pouco se pensa em como podemos fazer esse movimento realmente dar certo. Fica a dica pra quem quer conhecer (e pensar) sobre realidades diferentes das suas próprias.
Ana Correia, Gerente de Criação
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Ken Follett
Trilogia “O Século”, Ken Follett
O livro que me marcou não foi um livro, mas três: Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Eternidade por um Fio. A trilogia do britânico Ken Follet é uma viagem cheia de adrenalina pelas guerras, revoluções, impérios, nações e ideologias que surgiram e morreram durante o século XX. Para quem gosta de história como eu, é um prato cheio.
Você se sente na pele de quem sobreviveu às trincheiras da Primeira Guerra, assistiu ao choque entre os regimes fascistas e soviético na Segunda Guerra, vivenciou os bastidores da Guerra Fria e participou de movimentos culturais e de direitos civis como o punk e o feminismo, fechando uma era com a queda do muro de Berlim e o colapso da União Soviética.
A narrativa é rica em detalhes que te levam a ver e a pensar como pessoas de culturas totalmente diferentes, e assim entender e assimilar de onde vêm seus medos, anseios e preconceitos. É simplesmente brilhante.
Dica: leia com um iPad do lado para pesquisar no Google os lugares, personagens, líderes e batalhas, e se supreender com como a história é verossímil.
Leo Antunes, Redator
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O Leitor, Bernhard Schlink
Sempre gostei de livros que retratam a Segunda Guerra Mundial. Acho importante expor os absurdos que evolviam o nazismo para que tenhamos consciência de que nada daquilo pode acontecer de novo. Minha mãe, sabendo disso, me presenteou com o livro O Leitor, que aborda essa temática. A questão é que a leitura desse romance me proporcionou um verdadeiro “soco no estômago”. Embora o livro retrate um problema gravíssimo como o nazismo, somos paralelamente apresentados à história de uma personagem muito misteriosa, Hanna, de uma forma muito sutil e sensível, o que nos faz pensar sobre todas as questões que são abordadas!
É uma leitura que eu recomendo a todos e que certamente traz muita reflexão acerca de vários assuntos que se perpetuam em nossas vidas e nosso cotidiano.
Lucas Martinelli, Designer Freela
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